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1 de out. de 2009

Nos tempos de Escola (Parte 3)

Se houve um bilhete que eu não pude ler na primeira série, na quarta houve uma carta cujo conteúdo eu preferia não ter conhecido.

Certa vez eu fui chamada por um grupinho na hora da saída a fim de que eu pudesse ouvir uma menina chamada Edna, ler uma suposta carta de amor e convite para namoro de um menino que era novo na escola e, diga-se apenas que ele não se encaixava bem no perfil de menino que eu me imaginava andando de mãozinha pelo colégio.

Eu ouvia tudo mas não entendia nada. Minha atenção estava constantemente sendo desviada para o grupinho que estava ali reunido ouvindo a leitura da carta e morrendo de rir da minha cara. Lembro especialmente do Diogo, que ria sem disfarçar e batia na própria pasta. Tolinha como era, não notei que isso tudo indicava que quem tinha na verdade enviado a cartinha eram essas pestinhas, e sendo assim fiz da vida do menino que supostamente assinava a carta, um verdadeiro inferno. E não adiantava os outros me dizerem que não ele era inocente. O estrago estava feito, era irracional. Eu odiava o menino com todas as minhas forças.

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